sábado, 24 de março de 2012

Psicopedagogia Clínica e Institucional.

A psicopedagogia trabalha em dois campos de atuação: a pedagogia clínica e institucional. A clínica oferece atendimento individual em consultórios públicos ou particulares, identificando sintomas, conflitos e transtornos que levem à dificuldade de aprendizado. Deve também dar orientação para a escola para que a mesma tenha acesso as estratégias pedagógicas que precisam ser adotadas para retirar obstáculos da aprendizagem. Já a psicopedagogia institucional, dá assistência a professores, orientando-os e ajudando-os a prevenir e a evitar o fracasso e a evasão escolar. Resolve questões ligadas a currículo, métodos de ensino e abordagens pessoais. Desenvolve um plano de trabalho que facilite o aprendizado dos alunos.
As diferenças entre elas são que o psicopedagogo clínico atua no atendimento em consultórios particulares ou públicos e o institucional atua nas escolas. Outra diferença é que o clínico trabalha diretamente com a criança e a família, mas o institucional trabalha com toda a escola (alunos da turma, professores, orientação, família, direção, etc), com o grupo. Esse trabalho possui objetivo de melhorar relações, disseminar o conhecimentos a todos, visando a união e a vitória sobre obstáculos na aprendizagem e inclusão. A terceira diferença, é que o psicopedagogo clínico faz um trabalho corretivo, o institucional um trabalho preventivo.

Refletindo sobre avaliação.



Ainda hoje, muito se tem confundido avaliação da aprendizagem com exame. E pior, muitas vezes o professor se utiliza dos instrumentos de avaliação como uma arma de poder para subjugar, excluir, amedrontar e até dominar seus alunos. Um professor que ama o que faz e que se capacita, pode facilmente perceber que a avaliação é uma aliada em suas mãos, a medida que, é fonte acolhimento, de reflexão, mudança, compreensão e inclusão. A valorização do exame é perigosa pois com ele, o professor não é capaz de acolher seus alunos. O processo é inverso ao acolhimento, pois esse aluno é excluído, julgado, marginalizado e selecionado. O professor precisa estar psicologicamente disposto a acolher, acolhimento é sinônimo de amor e de colher os seus “frutos”.
Avaliação é um processo, um ir e vir, uma constante ponderação e análise. Um meditar que não diz respeito somente ao aluno, mas sobre si mesmo enquanto educador. Surgirão perguntas como: Minha avaliação está aliançada com meus objetivo? Como meu aluno está aprendendo? O que ele não está conseguindo aprender? Qual método de aprendizagem posso me utilizar? Como facilitar esse caminho da aprendizagem?
O professor tem na avaliação, uma bússola para o seu trabalho, seja ela, a avaliação inicial, a mediadora, ou a final. O seu crescimento como educador também depende dessa prática bem realizada, para que seus objetivos sejam alcançados e as dificuldades vencidas, inclusive em sua prática. Ela é um espelho do trabalho do professor. Muitas vezes ouvi professores se “gabando”, que menos da metade da turma tinha ido bem em uma prova. Para mim ele estava assinando um documento de mau professor. Um bom professor deseja obter bons resultados, ele acolhe seus alunos e “ luta” por eles, ficando feliz com seu sucesso e se entristecendo com seus fracassos. Afinal, de uma forma ou de outro, ele é co-responsável por esses alunos e está envolvido em sua história escolar.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ambiente alfabetizador.

Ambiente alfabetizador, não é apenas um lugar onde haja muitos cartazes feitos pelo professor, canto da leitura rico em variedade (rótulos, receitas, jornal, livros, revistas, etc), trabalho com rótulos de forma descontextualizada, mas um espaço em que a criança vivencie de diversos gêneros textuais que provoquem em nossos discentes, a interação cognitiva e linguística, a partir desses materiais escritos. Com esse trabalho, os alunos estarão além de conhecendo a estrutura da escrita, percebendo a importância dela em seu cotidiano, o que facilitará sua valorização.
A criança das classes populares, muitas das vezes não possuem acesso a livros e outros materiais escritos tão diversos e em tanta quantidade quanto as de classe mais favorecidas, então cabe ao professor enriquecer o universo desta criança, aproximando-as do uso da escrita em sua função social. No entanto, esse docente, precisa dialogar constantemente com seus alunos, tentando compreender sobre a realidade deles, percebendo a leitura de mundo que essas crianças possuem, trazendo-as para a sala de aula e transformando-a em conteúdos, em debates, valorizando as experiências que cada uma delas trazem de suas vivências. Reconhecer cada criança, incluindo-as, valorizando-as e demonstrar que na sala há espaço para a cultura e história delas, é o mesmo que dizer que, são importantes e bem vindos à escola

O professor alfabetizador, deve fazer da aprendizagem da leitura e da escrita um exercício de ler e escrever a própria realidade, estimulando as crianças a escreverem sobre suas vivencias, ampliando as leituras da crianças. Construindo estratégias pedagógicas que identifiquem conteúdos alfabetizadores e também outros conhecimentos, que conduzam a um ambiente alfabetizador.