
Ainda hoje, muito se tem confundido avaliação da aprendizagem com exame. E pior, muitas vezes o professor se utiliza dos instrumentos de avaliação como uma arma de poder para subjugar, excluir, amedrontar e até dominar seus alunos. Um professor que ama o que faz e que se capacita, pode facilmente perceber que a avaliação é uma aliada em suas mãos, a medida que, é fonte acolhimento, de reflexão, mudança, compreensão e inclusão. A valorização do exame é perigosa pois com ele, o professor não é capaz de acolher seus alunos. O processo é inverso ao acolhimento, pois esse aluno é excluído, julgado, marginalizado e selecionado. O professor precisa estar psicologicamente disposto a acolher, acolhimento é sinônimo de amor e de colher os seus “frutos”.
Avaliação é um processo, um ir e vir, uma constante ponderação e análise. Um meditar que não diz respeito somente ao aluno, mas sobre si mesmo enquanto educador. Surgirão perguntas como: Minha avaliação está aliançada com meus objetivo? Como meu aluno está aprendendo? O que ele não está conseguindo aprender? Qual método de aprendizagem posso me utilizar? Como facilitar esse caminho da aprendizagem?
O professor tem na avaliação, uma bússola para o seu trabalho, seja ela, a avaliação inicial, a mediadora, ou a final. O seu crescimento como educador também depende dessa prática bem realizada, para que seus objetivos sejam alcançados e as dificuldades vencidas, inclusive em sua prática. Ela é um espelho do trabalho do professor. Muitas vezes ouvi professores se “gabando”, que menos da metade da turma tinha ido bem em uma prova. Para mim ele estava assinando um documento de mau professor. Um bom professor deseja obter bons resultados, ele acolhe seus alunos e “ luta” por eles, ficando feliz com seu sucesso e se entristecendo com seus fracassos. Afinal, de uma forma ou de outro, ele é co-responsável por esses alunos e está envolvido em sua história escolar.

Nenhum comentário:
Postar um comentário